Bússola
A bússola teve sua provável origem na China durante o século I. Os primeiros modelos de bússolas eram rudimentares e consistiam em uma agulha magnetizada colocada em uma base flutuante, frequentemente feita de madeira ou cortiça. Essas agulhas magnetizadas eram capazes de se alinhar com o campo magnético da Terra, apontando na direção do polo norte magnético. A invenção chinesa foi gradualmente transmitida para o mundo árabe por meio de rotas comerciais e explorações marítimas. A partir daí, não se sabe ao certo quando, mas ela foi introduzida na Europa durante os séculos VIII e IX. Os marinheiros árabes adotaram essa tecnologia em suas viagens, reconhecendo seu valor na navegação marítima.
Durante a Idade Média e o Renascimento, a bússola desempenhou um papel crucial na Era das Grandes Navegações. Ela permitiu que os exploradores europeus se aventurassem por mares desconhecidos, mapeassem novos territórios e expandissem as rotas comerciais. Naquela época, a bússola frequentemente consistia em uma agulha magnetizada montada em uma rosa dos ventos que indicava os pontos cardeais. No século XIII, o navegador italiano Flavio Gioia contribuiu para o aperfeiçoamento da bússola, adicionando uma rosa dos ventos que tornou a navegação mais precisa e eficiente. Flavio Gioia é considerado por alguns como o inventor da bússola.
Com os avanços tecnológicos, a bússola evoluiu para a era digital. Hoje, as bússolas podem ser encontradas na forma de aplicativos em dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets, tornando a orientação geográfica acessível a todos. A história da bússola é uma demonstração notável da inovação e da capacidade humana de aprimorar ferramentas ao longo do tempo, proporcionando uma revolução na navegação, exploração geográfica e orientação. Ela continua a desempenhar um papel vital na determinação de direções e é uma parte fundamental da herança da ciência e tecnologia.
Funcionamento
A bússola funciona aproveitando o magnetismo terrestre para orientar a agulha magnetizada na direção do polo norte magnético, o que, por sua vez, ajuda as pessoas a determinar sua direção em relação aos pontos cardeais. Ela é uma ferramenta fundamental para a navegação terrestre e marítima, e mesmo com os avanços tecnológicos, continua sendo uma forma confiável de orientação geográfica.
Agulha Magnetizada:
O componente central da bússola é a agulha magnetizada, que é geralmente feita de ferro ou aço. A agulha é um pequeno ímã, e uma extremidade dela é pintada de vermelho ou marcada de alguma forma para indicar o norte. Essa extremidade é chamada de “norte da agulha” ou “ponta norte.”
Suspensão Livre:
A agulha magnetizada é montada de forma que possa girar livremente em um ponto de apoio, permitindo que ela se mova em qualquer direção. Isso é essencial para que a agulha possa alinhar-se com o campo magnético da Terra.
Magnetismo Terrestre:
A Terra age como um ímã gigante, com um polo norte magnético e um polo sul magnético. O polo norte geográfico da Terra não é exatamente o mesmo que o polo norte magnético, mas está suficientemente próximo para fins de orientação.
Alinhamento Magnético:
Quando a bússola está em repouso, a agulha magnetizada gira até que sua ponta norte aponte na direção do polo norte magnético da Terra. Ela faz isso porque ímãs opostos se atraem, e a agulha é atraída pelo campo magnético da Terra. Portanto, a ponta norte da agulha aponta para o norte geográfico.
Pontos Cardeais e Orientação:
A bússola é montada com uma escala ou rosa dos ventos que marca os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e seus intermediários. Isso permite que o usuário determine sua orientação em relação aos pontos cardeais, seguindo a direção indicada pela ponta norte da agulha.
Vamos Codar?
Materiais necessários:
- Um micro:bit
- Um computador/notebook ou dispositivo móvel
- Um cabo USB
- Conjunto de baterias (se estiver usando um dispositivo móvel)
Dicas:
- O micro:bit possui um sensor de bússola integrado chamado magnetômetro. É possível usá-lo não só para medir o campo magnético da Terra, mas também como uma bússola;
- Ao usar a bússola do micro:bit pela primeira vez, é necessário calibrá-la: inclinando o micro:bit para acender todos os LEDs. Depois disso, é só usar.
Como Calibrar a Bússula?
Faça a seguinte programação:
- Da categoria Básico: bloco “no iniciar” e da Categoria Input (no mais), o bloco “calibrar bússula”
- Baixar no micro:bit
- Agora movimente o micro:bit até acender todos os leds do visor.
- Pronto, a sua bússola está calibrada.
Hora de programar
Nesta programação, você deverá pressionar o botão A para que o micro:bit faça uma leitura do sensor da bússola, mostrando o valor numérico no visor, que corresponde ao rumo da bússola.
Apontando o micro:bit para o Norte, a leitura será de 0 grau.
Considerações
A introdução da tecnologia no uso da bússola exemplifica como a inovação e a ciência continuam a aprimorar ferramentas tradicionais. Isso nos lembra que, embora a bússola tenha uma história rica e longa, sua relevância persiste nos dias de hoje, graças à adaptação inteligente a novas tecnologias. Portanto, seja usando uma bússola tradicional ou um dispositivo moderno, a busca pela orientação geográfica e a exploração do mundo ao nosso redor continuam a ser uma parte fundamental de nossa jornada.
Agora, é fundamental destacar a importância da prática contínua com o micro:bit. À medida que você se torna mais familiarizado com esse dispositivo e suas capacidades, suas habilidades de programação e aplicação prática só tendem a crescer. O micro:bit pode ser uma ferramenta poderosa para explorar não apenas a bússola, mas uma infinidade de outros conceitos científicos e tecnológicos.
Através da prática, você pode se aprofundar em projetos mais avançados, criar soluções criativas e explorar novas maneiras de usar o micro:bit para expandir seus horizontes. Continue explorando, continue aprendendo e continue a desfrutar da maravilha da tecnologia e da eletrônica. Esta é apenas uma etapa inicial, e as possibilidades são infinitas.