Conheça o que é o LilyPad e dê vida às suas roupas
Uma das áreas relacionadas ao mundo maker que tem ganhado força é a wearable, área destinada ao estudo e aplicação das “tecnologias vestidas”, onde componentes e circuitos eletrônicos são integrados à peças de roupas e acessórios para criar sistemas automáticos e interativos. No que se refere à essas soluções vestíveis, a placa de desenvolvimento LilyPad tem sido muito usada. Ela funciona como uma placa Arduino, só que foi projetada visando o uso em roupas e acessórios.
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Dando vida às roupas
A placa LilyPad é uma derivada das placas Arduino que visa atender projetos portáteis. Ela funciona conectada a baterias recarregáveis e pode ser integrada a projetos wearable. Ela foi desenhada e desenvolvida pela engenheira e designer Leah Buechley em conjunto com a SparkFun.
A placa em questão foi desenvolvida de maneira que fosse de fácil instalação em tecidos, nos quais é possível montar circuitos utilizando-a integrada a outros módulos, costurando-os com uma linha condutora, como podemos ver abaixo.
O hardware da placa pode ser visualizado logo abaixo. Por utilizar o mesmo microcontrolador que o Arduino Uno, a pinagem acaba sendo semelhante.
Exitem cerca de quatro modelos diferentes da família, que são:
- LilyPad Arduino Simple;
- LilyPad Arduino Main Board;
- LilyPad Arduino USB;
- LilyPad Arduino Simple Snap.
Vamos agora conhecer mais sobre cada uma, vendo suas características e vantagens.
LilyPad Arduino Simple
Possui ao todo 9 pinos que podem ser utilizados como INPUT / OUTPUT digitais, onde 5 deles podem ser utilizados para PWM e 4 podem ser utilizados como entrada analógica. Seu microcontrolador é o ATmega328p e sua tensão de operação é de 2,7 até 5,5V. Ela apresenta também um conector JST, no qual podem ser conectadas baterias de lítio de 3,7V. Para ser programado pela IDE do arduino, a placa em questão precisa ser conectado a um adaptador FTDI para com isso, ser conectado ao computador.
LilyPad Arduino Main Board
É a que apresenta o maior número de pinos em relação as outras, totalizando 14 pinos, no qual 6 podem ser utilizados para PWM e 6 podem ser utilizados como entrada analógica. Algumas versões possuem o ATmega168 como microcontrolador, enquanto outras possuem o ATmega328p. Sua tensão de operação está na faixa de 2,7 até 5,5V. Assim como o modelo anterior, necessita de um conversor FTDI.
LilyPad Arduino USB
Assim como a LilyPad Simple, essa também apresenta 9 pinos, onde 4 podem ser PWM e quatro podem servir como entrada analógica. Sua principal diferença para o modelo Simple, é que este possui um conector micro USB, onde ele poderá ser conectado diretamente ao computador, sem a necessidade de um adaptador FTDI. Seu microcontrolador é o ATmega32u4, e pode ser alimentado na faixa de 3,8 até 5V.
LilyPad Arduino Simple Snap
No aspecto visual, esta é a placa que mais se difere das demais, por apresentar encaixes condutores ao invés de furos. Em questão de hardware, se assemelha muito com o LilyPad Simple, apresentando assim 9 pinos ao todo, onde 4 podem ser PWM, e 4 podem ser entradas analógicas. Seu microcontrolador é o ATmega328p. Como o modelo Simple e o Main Board, o Simple Snap também necessita de um adaptador FTDI para ser conectado ao computador, para assim ser programado.
Mãos à obra – Começando com o tradicional Blink
Componentes necessário
Para este tutorial, tenha em mãos os seguintes itens:
Montando o projeto
Ensinaremos a você como passar a programação da IDE pro LilyPad por meio do Arduino Uno, sem a necessidade de se utilizar o conversor FTDI. O código que passaremos ao LilyPad será o nosso famoso e querido blink.
Primeiramente, precisamos preparar o arduino UNO para que ele seja o nosso “adaptador FTDI”. O primeiro passo é remover o ATmega328p do seu arduino UNO, como pode-se ver abaixo.
AVISO: Cuidado ao remover o microcontrolador, pois há risco de se quebrar um terminal caso seja removido de maneira indevida.
Após isso, monte o circuito representado abaixo.
Pronto! Agora você poderá programar sua LilyPad sem problemas por meio da IDE do Arduino!
Programando
O código que será passado já é conhecido por todos, no qual consiste em deixar o LED presente na placa acesso por 1 segundo, e apagado por mais 1 segundo.
void setup() { pinMode(13, OUTPUT); } void loop() { digitalWrite(13, HIGH); delay(1000); digitalWrite(13, LOW); delay(1000); }
Pelo fato dessa placa apresentar o microcontrolador ATmega328p, o mesmo presente no Arduino UNO, na opção de “Placa” podemos selecionar a opção “Arduino/Genuino Uno”, sem a necessidade de ter que adicionar novas placas a IDE.
Colocando pra funcionar
Aqui podemos ver o resultado na prática, do blink.
Entendendo a fundo
Software
Relembrar é sempre bom, então falaremos o que irá ocorrer em cada linha do código.
Primeiramente inicia-se a programação configurando o pino 13 como saída (OUTPUT) no void setup().
pinMode(13, OUTPUT);
Após isso, é realizado os seguintes comandos no void loop():
- Define o estado lógico do pino 13 como alto, ligando o LED presente na placa;
- Ocorre uma espera de 1 segundo para a execução da próxima linha de programação;
- Define o estado lógico do pino 13 como baixo, desligando o LED presente na placa;
- Ocorre uma espera de 1 segundo para a execução da próxima linha de programação.
digitalWrite(13, HIGH); delay(1000); digitalWrite(13, LOW); delay(1000);
Considerações finais
Esperamos que este tutorial tenha lhe esclarecido sobre como utilizar a placa LilyPad, principalmente a respeito de sua programação.
Técnico em eletrotécnica e estudante de Engenharia Elétrica pelo IFES.
2 Comments
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Olá Ezequiel!
Comprei meu primeiro Lilypad e estou tentado fazer uma projeto simples, de colocar leds, ligando e apagando, em volta dele. Conseguir ligar um led no pino 13, mas os demais não acendem de jeito nenhum. Eu mudo a programação, colocando 12, conecto no pino 12 e nada!!! Faço o mesmo para os demais e nada!!! Só liga o led quando está no 13. Você sabe me dizer o que posso estar fazendo errado?
Cara, me manda um email que aí eu vou poder te ajudar melhor sobre isso. Mei email é [email protected]
Desculpe a demora.